quarta-feira, 23 de junho de 2010

Countdown:

10 DIASSSSSSSSSSS!!

AIUIA =)

ta quase...
estou em pulgas!
quero mar, peixe fresco, festas na praia, quero abraços, mini saias, decotes, camisolas de cavas e cervejas frescas a 1€

terça-feira, 22 de junho de 2010

O inferno é aqui!

Quando cheguei diziam-me que em Junho o tempo normalmente ainda era tranquilo.
Agora já me dizem que tive azar, pois o Verão chegou mais cedo. E com força!

É impossivel sair à rua durante o dia.
De manha, quando venho para o escritório, têm estado cerca de 40º.
Abro a janela do táxi e o vento queima a cara.
No metro escaldei-me ao segurar-me aos ferros de apoio.
No minibus, já não basta o meu suor ainda tenho de levar com o dos outros...
Quando finalmente chego ao escritório a minha roupa dá para torcer.

À hora do almoço tem chegado perto dos 50º.

Tenho tomado cerca de 3 a 4 banhos por dia, e não tomo mais porque não posso.
Estou com o dobro do tamanho de tão inchada!

À noite a temperatura baixa, mas não o suficiente - cerca de 30º/ 35º.
Não consigo dormir com o barulho do Ar Condicionado. Se o desligo morro de calor, e também não consigo dormir.

A cereja no topo do bolo são os insectos!
Continuo com brutais mordidelas de mosquito, que me dão muito comichão como calor.
E como se não bastasse, as baratas voltaram a dar o ar da sua graça, e vieram dizer-me olá em casa!!!




Adooooro o Cairo!
Ainda bem que só faltam 10 dias para voltar ao meu paraíso =)

domingo, 20 de junho de 2010

Fayoum



Mais um Oasis.
Não tão bonito como o outro onde estive no fim-de-semana passado, mas foi foi um dia muito bem passado.
A cidade é bem maior, mais desenvolvida e mais turística que Siwa. Fica a apenas 1h30 de carro do Cairo, por isso ser mais acessível e mais visita.

O nosso dia foi basicamente passado dentro da piscina,visto ser impossível suportar o calor fora dela.
Ao final da tarde demos um passeio a cavalo junto ao lago.
Infelizmente não tenho fotos desse belo momento.



























sábado, 19 de junho de 2010

Countdown:

15 dias!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Siwa


Mais um fim-de-semana fantástico!
As memórias que levo destes 5meses são mais que muitas, será que existem discos externos para o cérebro?!
As fotos ajudam, mas há coisas que não se conseguem captar numa simples imagem.

Siwa fica a 750Km a Oeste de Cairo, perto da fronteira com a Líbia.
10 dolorosas horas de autocarro!
O Ar Condicionado não funciona bem…
Pelo menos as viagens são feitas durante a noite!

A aldeia é pequena, pobre; as estradas são parte de alcatrão, parte de terra batida; burros, jipes e motas são os meios de transporte.
O cheiro a excremento de burrito é característico e não cai nada bem pela manhã.
As ruínas da antiga cidade dominam a paisagem. Bem bonita por sinal!
As pessoas são de uma simpatia extrema, muito prestáveis e acolhedores, ao contrário do que havíamos imaginado por ser uma área bem mais conservadora que o Cairo.







À hora do almoço a aldeia parece deserta, a população refugia-se em casa, para escapar ao calor. Volta a ganhar vida as 5h da tarde. Toda a gente vem para a rua. Toda a gente, mais ou menos…. Não se vêem muitas mulheres, e as que se vêem andam de tal forma tapadas que nem os olhos é possível ver.

Alugamos bicicletas e fomos passear até ao grande lago.
A estrada é nossa, só se ouvem os pássaros e as folhas das palmeiras a abanar devido ao vento.
Passamos por uma nascente de agua +/- fresca.
Vários homens já aí estavam = impossível mergulharmos!
Enquanto testava a temperatura da água, percebo que um desses homens já estava de telemóvel em punho a tirar-nos fotografias! E estávamos cobertas de roupa, imaginem se entrássemos na água!
Mais uma vez tínhamos um egípcio para nos safar e gentilmente pediu ao Sr. Para lhe dar o telemóvel para apagar as nossas fotos…
Welcome to Egypt!








Junto ao lago havia um pequeno bar onde passamos o resto da tarde.
A paisagem é absolutamente fantástica.
E para quem vive numa cidade como o Cairo vale ouro a paz e tranquilidade que ali se respirava. Pois, e o facto de também poder respirar também é muito importante.









De regresso ao hotel, tivemos uma grande decepção: não há água fria!
De tanto calor, os canos aquecem e a água supostamente fria é morna…

No dia seguinte foi a verdadeira aventura!!
Mohamed era o contacto que tínhamos para nos levar a passear.
Finalmente voltei a sentir adrenalina ao “surfar” aquelas ondas de areia! Uma loucura =)
Ainda bem que não parti o pescoço em nenhuma das vezes que fui projectada contra p tecto =)
Subimos e descemos dunas com inclinação quase de 90º, mergulhamos em oásis de nascentes de água fria, e outra de água quente, vimos Km de areia sem fim. Estávamos no grande Sahara!!!


 Nascente de água fria


Nascente de água quente








Procurar um sítio mais abrigado do vento para “montar acampamento”.
Encontrado o sítio, colocam-se as mantas na areia, um pano na vertical para proteger do vento, uma fogueira e está montado no nosso alojamento.
Uma noite fantástica, boa comida, cozinhada na fogueira e regada com bom vinho Português, ao som de música tradicional, live act! Tudo o resto era areia, silêncio e o céu mais estrelado que alguma vez vi!







Templo de Oracle



Sem dúvida, inesquecível!







domingo, 13 de junho de 2010

Countdown:

3 semanas
20 dias.

Muita felicidade.
Alguma nostalgia.
Agora que estava a começar a curtir a sério é que estou quase a ir embora...
Melhor assim =)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

domingo, 6 de junho de 2010

Salpicos do mar!

Fui matar saudades, de algo que cada vez tenho mais a certeza da sua importância no meu dia-a-dia, na minha vida: a praia!

Não tinha ondas, mas já foi bem bom poder mergulhar-me naquela água verde transparente, quentinha e com peixinhos. (parece até que estou a descrever a Praia da Barra =) )




Sim, as meninas muçulmanas curtem a praia de roupa e lenço. Tem que ser... =/














P.S.: Tive mais uma certeza, há males que vêm por bem!
P.S2: Boa viagem, e lê novamente o escrevi mesmo na linha acima. A sorte é capaz de nos surpreender, mesmo quando parece que ela não quer estar do nosso lado. Falo por experiência própria!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Countdown

1 mês

=)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Palestina e Jerusalém - em actualização


Sem dúvida esta é daquelas viagens que jamais irei esquecer, e que hei-de contar aos meus netos com o maior prazer!
Uma das melhores, e espero que seja apenas das primeiras, aventuras da minha vida.

A aventura começa logo na forma como a viagem surgiu:
Duas colegas da capoeira estavam a conversar, uma diz que tem um amigo na Palestina, e que gostava de ir visita-lo. A outra responde que também gostava de ir à Palestina e passar por Jerusalém.
“Vamos?!”
“Ok! Daqui a 15dias?”
“Sounds good!”
No dia seguinte, numa festa, vem a viagem à conversa, a Renata com a maior das latas pergunta: “Será que posso ir com vocês?!”
O espanto inicial converteu-se num sorriso: “Wow! Claro que podes!”

Uma mistura interessante: uma portuguesa, uma alemã e uma meia egípcia meia francesa, todas de idades diferentes (eu a mais nova =) ) e a trabalhar em áreas distintas.

A viagem foi agressiva!
Muito!
Autocarro do Cairo para Taba, fronteira com Israel, cerca de 6h; cerca de 4h30 a ser interrogada e revistada na fronteira; táxi para a estação de autocarros em Eilat; autocarro de Eilat para Jerusalem 5h; mais um autocarro até ao centro; e por fim um autocarro para Ramallah.
O regresso foi igual, excepto os problemas na fronteira.

Nunca me senti tão desconfortável! Dois militares a revistarem a minha mala, meia por meia, creme por creme, blocos de notas, máquina fotográfica, telemóveis… tudo!
Fomos interrogadas no mínimo por 4 pessoas diferentes.
No fim perdem os nossos cartões onde seria colocado e visto, e sem qualquer aviso prévio colocam o carimbo nos nossos passaportes! Conclusão: não posso entrar no Líbano, Síria, E.A.U. e quase todos os outros países do golfo… =/
Malesh!

Próxima fase da viagem: alojamento = mais uma aventura.
Ora pois, vamos lá experimentar o couch-surfing*!

Em Ramallah, eu e Magda fomos acolhidas por dois filipinos que nos trataram como duas princesas: um quarto com duas camas, toalhinhas para cada uma, cozinharam para nós ao pequeno-almoço e ao jantar e ainda nos levaram a passear a noite. E todas estas regalias e convites também se estenderam à Frida e ao seu amigo! Uns amores!





O nosso primeiro, e penúltimo, dia de visitas começou em Hebron (desculpem, não sei o nome em Português), uma das maiores cidades da Palestina, a sul de Ramallah, onde se diz que Adão e Eva viveram depois de serem exilados do paraíso e onde se encontra o túmulo colectivo de Abraão, Isac e Jacob e respectivas mulheres. Um local com bastante significado para as três grandes religiões monoteístas, e por isso ter sido alvo de graves conflitos, como por exemplo o massacre em 1994, quando as tropas israelitas mataram 20 muçulmanos que saiam da mesquita, depois da reza no último dia de Ramadão.

Hoje encontram-se 5 colónias de Israelitas nesta cidade. Onde viviam palestinianos que foram expulsos ou mortos, foram construídas excelentes casas para estas famílias extremistas judaicas, que são totalmente suportadas pelo governo e protegidas pelo exército – cerca de 4000 militares para 500 colonos.

Enquanto passeávamos na parte sobrevivente do mercado da cidade um jovem vendedor mete conversa connosco e disponibiliza-se para nos fazer uma pequena visita pelo mercado e a uma das colónias.
Este mercado era enorme antes da ocupação Israelita. Hoje em dia parte dele está fechado porque se encontra em H2 (parte da cidade que pertence à colónia), e uma das ruas separa o território de H1 e H2. Nessa rua vê-se uma rede amparar uma quantidade incrível de lixo. Explica-nos o nosso “guia” que nessa rua passam diariamente crianças palestinas que se deslocam para a escola que se encontra no limite de H2, e que são vítimas de insultos e “alvejadas” com lixo e água suja!
Nos telhados das casas vê-se militares armados, e bem armados, câmaras de vigilância, arame farpado nos limites da colónia e as casas em voltas destruídas ou queimadas.
Para entrar na colónia passamos por detector de metais e somos revistadas pelos militares.
Dentro da colónia parece que estamos noutra cidade. Tudo limpinho e arranjado, os heguebes dão lugar a pequenos lenços coloridos, os homens usam kippah e a franja dividida em dois rolinhos compridos, e os fatos camuflados fazem parte da paisagem!
Chega a ser chocante ver a naturalidade com que esta gente ali vive, porque quer, e são pagos e sustentados pelo estado, e acham que é seu dever ali estar e tomar as terras em volta, enquanto do outro lado vivem famílias que passam fome, que foram destruídas pela perda de um ou mais familiares e procuram no dia-a-dia força para enfrentar o dia seguinte que é sempre uma incerteza.












De volta ao mercado, passamos por uma lojinha de coisas feitas por uma associação dos direitos das mulheres Palestinianas. A dona, muito simpática convida-nos a entrar para tomar um chá. Certas das segundas intenções da Sra. Dissemos que íamos continuar o passeio e na volta parávamos aí.
A Sra. Não se esqueceu de nós!
“Venham meninas!”
“Ah… Sabe, estamos com um pouco de pressa, porque temos de apanhar o autocarro para Bethlehem, e ainda temos que almoçar porque estamos com fome…”
“Têm fome?! Venham comigo… Vão almoçar em minha csa, o almoço está pronto em 5min.”

Foi impossível recusar o convite!
A Sra. Deixa-nos em sua casa e volta para a loja.
Sentamo-nos nas almofadas no chão, em volta de uma pequena mesa quadrada, na companhia de toda a família: filhas, filhos, netos, marido, e sabe-se lá mais quem!
Frango assado e arroz oriental. Comemos todos da travessa, cada um com uma colher para o arroz, o frango à mão e os ossos ficam na mesa.
Estava divinal!
A meio da refeição aparecem mais duas estrangeiras: uma holandesa e uma América. Já não eram novas para a família, e explicam-nos que a Sra. da loja adora convidar os turistas para comer em sua casa.
Interessante!






Dirigimos para Norte, em direcção a Belém.
Ainda no autocarro um jovem se disponibiliza para nos mostrar a cidade!
Desta vez preferimos ir sozinhas.

Belém é a cidade onde se diz que nasceu Jesus Cristo, mais precisamente da Igreja da Natividade.
Esta pequena cidade é provavelmente a mais turística de toda a Palestina, e os grupos de Russos, Espanhóis e Brasileiros enchiam as ruas e a igreja.
Mesmo em frente à igreja, há uma mesquita.
É uma cidade muito simples, bonita, clean.
De regresso a Ramallah, vai-se conhecer a night. Para meu espanto há bares, e bem interessantes, embora praticamente só frequentados por estrangeiros que vivem na área.
Mesmo fora dos bares, é fácil encontrar álcool e vê-se muita mulher sem heguebe. Fiquei com a sensação de que aí não são tão conservadores como no Cairo.






Última cidade de visita nesta curta viagem: a famosa Jerusalém.
Se tivesse de escolher uma palavra para a descrever seria: miscelânea!
Dentro das muralhas da cidade antiga as cores, cheiros, comidas, géneros de lojas, religiões, nacionalidades, tudo se mistura com a maior das naturalidades. Incrível! Ver uma mesquita entre uma igreja católica e uma sinagoga, em frente a uma igreja ortodoxa. Ver as pessoas com os trajes religiosos característicos de cada uma no meio das turistas americanas de shortinho e tops de alças a falar alto.
O mercado estende-se pela maioria das ruas impedindo de ver as fachadas dos edifícios, mas imagino-os como todos os outras de pedra clara e desgasta pelo tempo.
Noto a engraçada “organização”, em que a seguinte sequência poderia ser perfeitamente uma rua deste mercado: Especiarias; mini-mercado; roupa; talho; electrodomésticos; restaurante; lenços e outros souvenirs; ourivesaria e para rematar uma loja de terços e estátuas religiosas. Dá que pensar…

Caminhámos pela Via Dolorosa, entrámos na igreja do Santo Sepulcro, fomos até ao Muro das Lamentações (onde supostamente não se podia tirar fotos, por ser Sabat, o dia sagrado dos judeus. Os Srs. Religiosos que me perdoem, mas não sabia se algum aí voltarei…)
A Cúpula da Rocha, ou Dom of the Rock, brilhava acima do muro, mas a visita não foi possível. Só é permitida a entrada a muçulmanos, para os outros, só se pode entrar no recinto, e apenas da parte da manha!









O nosso sofá foi fornecido por um meio Isrtaelita meio Americano. Esta experiência revelou-se mais interessante do que poderíamos imaginar inicialmente visto nos proporcionou um convívio com israelitas, que de outra forma seria impossível.
À noite passeamos pela zona nova da cidade, cheia de gente, bares, discotecas e restaurantes.
Se não fossem os abundantes trajes religiosos dos judeus, Jerusalém poderia ser confundida com qualquer cidade Europeia.






Gostava de divagar um pouco mais sobre as questões religiosas, políticas e sociais destas cidades, mas acho que já me estiquei demais no texto.
Talvez um dia volte a escrever um poste relacionado com o tema.


Resumindo:
Foi uma experiência incrível! Só queria ter tido mais tempo para ver mais coisas e estudar melhor os locais.

A quem tencionar viajar até estes lados:
            - no mínimo 2 dias para visitar a Palestina;
            - as viagens de autocarro são relativamente baratas;
            - Jerusalém é caro! Como uma cidade Europeia;
            - 2 a 3 dias para ver Jerusalém;
Na bagagem:
            - a habitual dose de paciência;
            - um belo sorriso e muito “inocência”
            - e o fundamental: mente aberta e respeito!


Façam as malas!