segunda-feira, 14 de junho de 2010

Siwa


Mais um fim-de-semana fantástico!
As memórias que levo destes 5meses são mais que muitas, será que existem discos externos para o cérebro?!
As fotos ajudam, mas há coisas que não se conseguem captar numa simples imagem.

Siwa fica a 750Km a Oeste de Cairo, perto da fronteira com a Líbia.
10 dolorosas horas de autocarro!
O Ar Condicionado não funciona bem…
Pelo menos as viagens são feitas durante a noite!

A aldeia é pequena, pobre; as estradas são parte de alcatrão, parte de terra batida; burros, jipes e motas são os meios de transporte.
O cheiro a excremento de burrito é característico e não cai nada bem pela manhã.
As ruínas da antiga cidade dominam a paisagem. Bem bonita por sinal!
As pessoas são de uma simpatia extrema, muito prestáveis e acolhedores, ao contrário do que havíamos imaginado por ser uma área bem mais conservadora que o Cairo.







À hora do almoço a aldeia parece deserta, a população refugia-se em casa, para escapar ao calor. Volta a ganhar vida as 5h da tarde. Toda a gente vem para a rua. Toda a gente, mais ou menos…. Não se vêem muitas mulheres, e as que se vêem andam de tal forma tapadas que nem os olhos é possível ver.

Alugamos bicicletas e fomos passear até ao grande lago.
A estrada é nossa, só se ouvem os pássaros e as folhas das palmeiras a abanar devido ao vento.
Passamos por uma nascente de agua +/- fresca.
Vários homens já aí estavam = impossível mergulharmos!
Enquanto testava a temperatura da água, percebo que um desses homens já estava de telemóvel em punho a tirar-nos fotografias! E estávamos cobertas de roupa, imaginem se entrássemos na água!
Mais uma vez tínhamos um egípcio para nos safar e gentilmente pediu ao Sr. Para lhe dar o telemóvel para apagar as nossas fotos…
Welcome to Egypt!








Junto ao lago havia um pequeno bar onde passamos o resto da tarde.
A paisagem é absolutamente fantástica.
E para quem vive numa cidade como o Cairo vale ouro a paz e tranquilidade que ali se respirava. Pois, e o facto de também poder respirar também é muito importante.









De regresso ao hotel, tivemos uma grande decepção: não há água fria!
De tanto calor, os canos aquecem e a água supostamente fria é morna…

No dia seguinte foi a verdadeira aventura!!
Mohamed era o contacto que tínhamos para nos levar a passear.
Finalmente voltei a sentir adrenalina ao “surfar” aquelas ondas de areia! Uma loucura =)
Ainda bem que não parti o pescoço em nenhuma das vezes que fui projectada contra p tecto =)
Subimos e descemos dunas com inclinação quase de 90º, mergulhamos em oásis de nascentes de água fria, e outra de água quente, vimos Km de areia sem fim. Estávamos no grande Sahara!!!


 Nascente de água fria


Nascente de água quente








Procurar um sítio mais abrigado do vento para “montar acampamento”.
Encontrado o sítio, colocam-se as mantas na areia, um pano na vertical para proteger do vento, uma fogueira e está montado no nosso alojamento.
Uma noite fantástica, boa comida, cozinhada na fogueira e regada com bom vinho Português, ao som de música tradicional, live act! Tudo o resto era areia, silêncio e o céu mais estrelado que alguma vez vi!







Templo de Oracle



Sem dúvida, inesquecível!







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