Apaixonante Jordânia

Acabadinha de chegar de Luxor parto para a Jordânia. 

Domingo, 19h chegamos a Amã, e somos recebidas pelo nosso receptivo que nos leva até ao Hotel Marriott. Mais uma vez a minha companhia de viagem é a Dina, e o propósito da nossa viagem é “trabalho” =) entre aspas não porque não seja sério, mas por ser um trabalho muuuuuuito agradável: experimentar o produto (visitas) e inspecção de hotéis.

Jordânia é um país árabe, maioritariamente muçulmano, tal como o Egipto. Apenas 10% do território é povoado e concentra-se em Amã, e daí para norte, tudo o resto é deserto!

Para meu espanto, este país não tem nada a ver com o Egipto. Chega-se a Amã e parece uma cidade europeia, não fossem os reclames e as pessoas a falar árabe. Construções finalizadas, prédios bonitos, ruas lindas, as regras de condução são cumpridas, as pessoas são civilizadas, simpáticas e falam Inglês! Melhor ainda: gente muito, mas mesmo muito bonita, na cidade as mulheres e os homens beduínos!

(Desculpem, mas não tenho fotos de Amã…)

Segunda 7h já estávamos a caminho do Mar Morto. Inspecção e recolha do grupo de viagem. Não dei mergulho =( fica para a próxima!

(Curiosidade: o mar morto é o ponto mais baixo de todo o planeta, fica 412m abaixo do nível da água do mar.)

 

Eu e Dina - Dead Sea Spa

 

Segue-se Monte Nebo. Segundo a Bíblia é o local onde Moisés avista a Terra Prometida (Israel – Jerusalém) e onde se supõem que tenha morrido.

 

Continuamos em direcção a Sul, fazendo uma paragem em Madaba (para ver uma igreja Bizantina onde no chão se vê uma mapa antigo do médio oriente) até chegar a Pequena Petra.

 

Pequena Petra é uma pequena cidade, perto de Petra, onde as caravanas paravam para descarregar mercadorias e deixar os camelos antes de se instalarem na cidade de Petra, onde não havia espaço para tal.

 

Ainda na mesma noite fomos fazer a visita Petra by night.

Silêncio total!

Uma caminhada incrivelmente bonita e longa.

Em frente ao tesouro ouvem-se Beduínos a tocar instrumentos típicos, enquanto nos aquecemos com um chá.

 

Dorme-se no Marriott Petra e acorda-se cedo novamente. 8h outra vez a caminho da cidade de Petra. O guia diz que até chegar ao tesouro é uma caminha de 1,2Km. Eu acho que era mais =)

É indescritível este passeio… Cores que não imaginava encontrar na natureza, contrastes de luz e sombra, os recortes das pedras, a altura dos rochedos e as enormes falhas visíveis são absolutamente assustadoras!!!

De repente, no meio do rochedo surge uma clarão, inicialmente difuso, mais uns passos e fica-se sem ar…

 

Petra é uma cidade totalmente escavada no interior dos rochedos, habitada por beduínos e caravanas que por ali passavam. Os beduínos, povo nómada que vive no deserto, vindo do sul da Arábia, ainda hoje moram por ali. Não neste local e nestas condições, mas em casas construídas pelo governo numa povoação chamada Wadi Musa (Vale de Moisés).

O Tesouro tem 47m x 25m e a sua construção deve ter durado cerca de 30anos, na 1ª metade do séc. I d.C. Embora haja diversas teorias quanto à sua função, a mais apoiada aponta para um templo fúnebre.

Depois de se ver o resto da cidade, percebe-se que já nesta época tinham consciência da preciosidade que estavam a esculpir e fizeram de tudo para a proteger. É a única fachada que está esculpida uns metros no interior do rochedo, para ser protegida da erosão do vento, e dentro de um caixilho para não ser atingida com água da chuva, evitando que escureça.

Depois de toda esta caminha, como não estávamos de férias mas sim em trabalho, ainda houve tempo para mais inspecções de hotéis e reunião de trabalho!

Quarta-feira: Deserto de Wadi Rum. Não vale a pena dizer nada… =)

A areia é mesmo cor-de-rosa!

 

 

Há coisas destas perdidas no deserto... Vão la busca-los antes que fujam =)

Regresso a Amã.

Quinta: mais inspecções e regresso a casa.

Obrigada à estrelinha que anda lá em cima no céu apor me dar a sorte que tenho tido e  iluminar a meu caminho.

Sem dúvida, a inscrição no i9 foi a decisão mais acertada que podia ter tomado!

Este post é enorme, mas era impossível faze-lo menor. E é merecido!